domingo, 3 de abril de 2011

Zona de vertente



Uma zona de vertente é uma região com elevado declive, onde existe um elevado risco da ocorrência de movimentos em massa (que são deslocamento de grandes quantidades de material através de uma zona inclinada, apenas com a actuação da força gravítica e a força oposta a força de atrito).
Assim numa vertente actuam sempre duas forças opostas: a gravidade e o atrito.
Quando a primeira é superior ao atrito ocorre um deslocamento em massa. 

Imagem 1: Vista de uma zona com uma grande vertente de elevada inclinação.

Os movimentos em massa podem ser provocados por causas naturais ou antropológicas;

As causas naturais para deslizamentos de terra são, intensa precipitação causando saturação do terreno, sismos e outros fenómenos naturais.
As causas antropológicas são a remoção da cobertura vegetal de um terreno, com consequente aumento da erosão do solo e também a remoção de materiais para contruções ou para abrir caminho para vias de comunicação.

Como prevenir um deslizamento de terras com consequências graves para a população;

Elaboração de cartas de ordenamento do território, com definição de áreas apropriadas para diferentes actividades humanas; elaboração de cartas de risco geológico; remoção ou contenção dos materiais geológicos que possam constituir perigo. A contenção pode ser feita através de muros de suporte (com ou sem drenagem de águas), de redes e de pregagens e repondo a vegetação para que a água que desce pelas encostas das montanhas perca a velocidade ou infiltre no solo.

Factor de maior influência para dar origem a um deslocamento de terra;
 
Os deslocamentos de material devem-se maioritariamente à erosão hídrica, que é o desgaste dos solos devido à precipitação e escoamento das águas ao longo das vertentes, ao longo do tempo a zona pode ficar desgastada e com falta de material anteriormente levado pela água das chuvas, originando assim uma zona com risco de derrocada elevado.




Imagem 2: Zona de vertente agravada por motivos antropológicos.











Nesta Imagem podemos ver uma zona de vertente perto de uma via de comunicação, onde a vegetação da vertente foi removida.
A construção de uma propriedade no topo desta vertente aumentará assim a carga sobre esta tornando-a mais frágil.
A irrigação do terreno para cultivo ou para a construção de um jardim poderá saturar o terreno com água tornando-o assim mais instável, aumentando assim o risco.
As acções do homem podem degradar a força desta vertente dando origem assim a derrocadas ou até mesmo total deslizamento da zona, destruindo assim a propriedade e tapando a via.




Ponte de Telhe Região de Arouca com vertentes de grande declive;

Imagem 3: vista de Ponte de Telhe de uma área elevada.
Ponte de Telhe, pequena aldeia que pertence ao concelho de Arouca, onde se regista zonas de vertente com construções e campos para cultivo. Devido a desflorestação destas zonas fica assim a vertente sem material para a suster originando riscos elevados de deslizamento de terras, com a agravante de um rio que passa nesta região, que apesar de no Verão ser uma óptima zona, no Inverno torna-se um rio com fortes correntes que assim levarão a um maior desgaste destas vertentes.





Imagem 4:Vertente de elevada inclinação na região de Ponte de telhe.

                     



Nesta imagem Podemos confirmar a grande inclinação de uma vertente desta região assim como o Rio Paivô que escava o seu caminho por estas regiões montanhosas.




Imagem 5:Vista Sobre Ponte de telhe.



Conseguimos observar neste registo fotográfico uma vasta vertente com algumas habitações numa situação perigosa. O rio Paivô tem um grande papel nesta região, retirando os sedimentos e materiais na zona inferior da vertente fragilizando-a, e aumentando assim o risco.



Numa investigação de campo falamos com a população desta região e mesmo com estes condicionantes a população sente-se segura nas suas propriedades e nunca presenciaram deslizamentos de terra ou derrocadas nesta zona.A população esta ciente dos danos que um deslizamento poderá causa mas, estas não abandonariam as suas casas mesmo que confrontadas com este problema. 




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